3 meses sem amamentar e a falta dos hormônios


Bom, estamos de volta.
Parecia que tinha acabado, mas cá estou eu novamente. Rs.

Há 3 meses não amamento mais, mas tenho que confessar que há umas duas semanas Marina pediu para mamar e eu deixei. E saiu leite, viu? Ela disse que era esquisito o leite mas que era gostoso (Tudo de Bom amamentar criança grande né?), mas não foi o suficiente para que eu deixasse de sentir várias coisas que têm ocorrido nesse tempo.

Apesar da perda gestacional que estou também considerando nas questões emocionais e hormonais, senti falta da ocitocina. Tudo aquilo que eu falava (Amamentar descansando e 35 meses de amamentação), hoje me faz falta no sentido químico da coisa. Marina supre todas as outras necessidades minhas e dela de contato e carinho, mas a química, aquela química ligada a neurotransmissores mesmo, sabe? aquela é a que falta...

A ocitocina me relaxava em dias estressantes, me dava ânimo. A amamentação me deixava muito mais disposta a comer e eu comia de tudo e nada me fazia mal. Hoje voltei ao que era antes da gravidez da Marina, preciso tomar mais cuidado com a comida, engordo mais fácil, minha digestão é mais lenta, mudou o ritmo do meu intestino. Mudou minha sede, tenho vontade de comer coisas menos saudáveis (como chocolates e doces), o que me prejudica o estômago...srrs. Tenho mais necessidade de café. Não voltei mais a tomar leite e derivados mesmo sem amamentar e acho que levarei isso para minha vida agora.

A libido aumentou. Seria para compensar a falta de ocitocina? Minha química mudou. Meus ciclos menstruais agora são verdadeiros, com TPMs verdadeiras. A pele mudou. Os cabelos.

Antes, eu aproveitava o momento de amamentar para descansar ( E o melhor lugar para amamentar é...). Agora tenho que criar momentos de descanso. E me lembrar de que tenho que parar e descansar. E ensinar Marina a descansar ao meu lado.

Reaprender a ser só eu agora. A não ser mais dois. Ela já sabe ser muito bem ela.

A ocitocina foi, durante 3 anos e quase 3 meses, minha fluoxetina, minha sertralina, minha droga. A minha química.

Amamentar é tudo de bom. Pro bebê? Não mais do que pra mãe que pode e consegue amamentar.


Comentários

  1. Nossa, Fabi, você falou em termos bem técnicos muita coisa que eu senti quando parei de amamentar, também depois de três anos e três meses. Eu engordei oito quilos depois do desmame, que completa dois anos em fevereiro. A Bia tbm pediu pra mamar um pouco depois, alguns meses, mas eu não dei. Confesso que estava muito cansada. Mas quando apertava meus seios, ainda tinha leite, por pelo menos uns seis meses. Acho que a gente sente mais falta que a criança.

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  2. Beleza, Fabi, que publicação legal! comigo também aconteceu muitas coisas similares... a minha libido aumentou muito, creio que seja por uma certa "crise de abstinência de oxitocina"... já o relaxamento da amamentação, tipo cochilo relaxante,esse acabou mesmo...mas, em troca vinha o relaxamento mais pesado do sexo... já a produção de leite, essa....kkkk....a cada curso de amamentação com mais de uma semana, eu voltava a lactar... cheguei a pesquisar medicamente falando, com as mamas sempre "normais"... esse é o meu normal...Oh! muito não se sabe sobre a lactação e o sexo...a lactação e o tempo...a lactação e o psiquê...bjs

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  3. Eu estava ontem amamentando meu caçula, de 26 meses e pensando "quantos meses ainda nos restam?"... não sei. Mas vc me fez se dá conta de que essa que sou ainda não sou eu 100%, sou eu sob os efeitos de quase 7 anos amamentando, 3 filhotes. Foram sete frenéticos anos! Percebo nele as mudanças do fim do período simbiótico. Ontem ele viu uma foto e quando eu perguntei quem era, ao invés dele dizer 'é o neném' ele soltou um sonoro 'sô eu'. Heita... que 'eu' pesadão de ouvir pra mim... Ele já é ele, ainda ligado a mim, é verdade, mas que vê muitos mais atrativos no mundo, muito mais ídolos, enfim! Que nessas cirandas da vida, saibamos sempre dançar a música...

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