Colostro e as cólicas uterinas...


Marina mamando ainda no Hospital

Cheguei ao quarto do hospital atropelada, enjoada e completamente "grogue". Mesmo assim, minha preocupação agora era ver minha lindinha e saber se já tinha comidinha para ela! Mesmo porque eu queria que ela se sentisse acarinhada e protegida. O parto é algo tão agressivo ao bebê que está lá quentinho e quietinho... queria que ela sentisse todo nosso carinho e percebesse que não fui embora, que estava lá com ela. Li tanto sobre que o bebê percebe os batimentos do coração da mãe e fica mais tranquilo que, mesmo passando mal fiz questão de deixá-la um tempo sobre o meu peito para que se sentisse bem.

Bom, como entrei em trabalho de parto, meus hormônios estavam prontinhos para mandar descer o colostro. Dito e feito. Cheguei no quarto e ele já estava lá, saindo lindão!!! Então, assim que a Marina chegou, a enfermeira já a colocou em meu peito e ela mamou direitinho. Por estes e outros motivos, mesmo que a mulher tenha medo do parto normal, acho muito importante esperar a hora do bebê. Quando eles avisam que querem sair, tudo flui melhor, o leite, a pegada do bebê, afinal de contas, a fruta precisa ser retirada do pé madurinha, senão fica dias lá na fruteira não é verdade?

Na hora que ela pegou, tive cólicas no útero que perduraram por até 2 semanas depois do parto toda vez que ela mamava, mas nem reclamei, pois foi isso que me fez sangrar muito pouco no pós-parto e a minha barriga voltar ao normal rapidinho. As cólicas se dão porque a sucção do mamilo estimula a hipófise posterior, que secreta oxitocina (ou ocitocina leia mais abaixo).

Glossário:

Oxitocina (ou ocitocina): Este hormônio é o responsável pela ejeção do leite. Tal mecanismo ocorre porque a oxitocina contrai os músculos ao redor dos alvéolos, fazendo com que o leite caminhe até o mamilo. O leite só começa a ser produzido depois do primeiro dia do nascimento. Até este período, haverá a secreção e liberação do colostro, que é um líquido aquoso, de cor amarelada, que contém anticorpos maternos. Quando os lábios do bebê tocam os terminais nervosos do mamilo, um impulso elétrico vai até a hipófise da mãe, - uma glândula na base do cérebro, - e avisa, como uma campainha, que o freguês chegou. Sem perder tempo, a glândula derrama uma dose de hormônio chamada oxitocina, que de carona com a circulação sangüínea, acaba chegando aos seios. Ali, a substancia ordena que seja servida a primeira gota do leite materno. Esse hormônio só atua em 3 momentos da vida da mulher: durante o ato sexual, no parto e na amamentação. Nas 3 situações o hormônio provoca a contração das fibras uterinas. No caso do aleitamento, além de autorizar o início da mamada, a oxitocina ajuda o útero a ir retomando o volume original. Pois para abrigar o feto, o útero chega a aumentar cerca de 1000 vezes de tamanho.


Colostro: líquido amarelo, transparente, levemente salgado e com aparência aguada. No entanto tem maior valor nutritivo que o próprio leite e transmite ao bebê anticorpos da mãe, protegendo-o contra algumas doenças. Depois de alguns dias o colostro vai clareando e tornando-se mais opaco, até chegar ao leite materno, que é definitivo. É produzido até o 7º dia. Do 7º ao 15º é um leite de transição e depois disso é produzido o leite maduro.
(http://www.rc.unesp.br/proama/pagfeitas/colostro.htm , acessado em 05/07/10)

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