As "Fases do bebê" - Primeira semana em casa

Demorei para escrever este post porque acredito que seja o relato mais complicado que eu já fiz. Por isso, farei por partes. Deixarei links ao final e no início de cada texto linkando todas as fases.

Analisando esses primeiros quatro meses da Marina percebi que, na verdade, todas as dificuldades que nós e os bebês passamos são fases. Pena que quase nenhum pediatra nos esclarece isso. Digo quase porque uma pediatra que fui (que infelizmente não aceita meu convênio) me deu uma dicas de que o desenvolvimento do bebê funcionava assim, por fases. E que eu tinha apenas que ter paciência (na hora eu xinguei ela em pensamento, tá? hehe)

Na verdade, a culpa é nossa mesmo, pois sempre queremos uma solução imediata para as dificuldades e não temos paciência para esperar. E, se o médico não nos dá uma solução, não voltamos mais nele... e ainda espalhamos para as outras mães que o atendimento é péssimo!

Vou tentar descrever como percebi as fases na Marina. A ordem cronológica dessas fases eu não vou saber definir perfeitamente, mas entendi que a coisa funciona mais ou menos assim:

- A semana do parto é a mais cruel de todas.
Você e o bebê não se conhecem direito, ninguém sabe como amamentar, a gente fica um caco, cansada, com sono, com fome, parece que o mundo para (do verbo parar, sem acento, tá?, seguindos as novas regras de ortografia hehe). Aí você pensa que está em depressão pós-parto, principalmente quando chega em casa e o leite desce, o bebê chora, chora e só quer mamar e você mal consegue fazer xixi. Fora mais outras centena de dificuldades...Ufa!

E, para muitas avós "sem-noção" começa a fase do "acho que este bebê está com fome".
Só para resumir: bebê chora porque chora mesmo, porque não tem outra maneira de se comunicar. Ele estava quentinho, encolhido e protegido no escuro do útero, só ouvindo a voz de sua mãe, seus batimentos cardíacos, seus sons internos e, agora, tem barulhos mil, televisão e um bando de gente em cima dele, falando alto, com muitos cheiros diferentes, perfumes (deveria ser proibido por lei passar perfume e ir visitar um bebê!), isso quando o perfume não fica na roupa do coitadinho! fora que ele precisa se acostumar com aquele monte de roupa, com seu aparelho digestivo funcionando, com as fraldas apertando, com um lugar novo para dormir, mais o sentimento de fome (que na barriga ele não tinha), de estar molhado de xixi e mais tudo, simplesmente tudo o que pra gente é muito normal para eles é o fim do mundo!!! E, nessa, a gente fica toda atrapalhada e acaba, às vezes, se não estiver com a cabeça bem-feita, acredtando que o bebê está com fome e aí é que a "vaca vai pro brejo". A mãe deve estar tranquila e segura de si para que a amamentação dê certo, para que o bebê fique tranquilo em seu peito e possa pegá-lo direitinho. Resumindo: se você tiver alguém duvidando de seu potencial de mamífera, "toca embora" da sua casa.

Aí então, se você se acalmar, essa semana passa e ninguém precisa vestir camisa de força. O mais importante que considero nesta fase é ter uma boa sustentação familiar. A ajuda da mãe, sogra ou a mulher mais próxima, de preferência que já foi mãe (se for possível, que tenha amamentado com sucesso, para não te perturbar mais do que você já está) e do marido são fundamentais. Quem não tem marido, sem problema, ter alguém perto apoiando e te ajudando nas horas de maior cansaço são muito valiosas. Um copo d´água na hora de amamentar, trazer o bebê até você para mamar, ajudar a apoiar as costas, ficar um pouco com o bebê para um banho um pouco mais demorado, fazer uma refeição e algumas coisas da casa são coisas que ajudam muito a aliviar esta fase. Passou da primeira semana? Perfeito. A segunda semana já não é mais assim.

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